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Artigos-->O USO DE DROGAS, UM PROBLEMA SOCIAL -- 17/01/2000 - 18:14 (Vânia Moreira Diniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Site:http://www.terravista.pt//FerNoronha/5843

E-mail:vaniamdiniz@zaz.com.br



TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO MANUAL SOBRE A SAÚDE FÍSICA E MENTAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DA UNIÃO, EM CO-AUTORIA COM OS PROFS. PAULO DE MATOS FERREIRA DINIZ E ANTÔNIO PAULO FILOMENO, COM APÊNDICE EM DISQUETE, ED. BRASILIA JURÍDICA, 1998, ADAPTADO PARA PUBLICAÇÃO NA INTERNET





O uso de drogas é um problema social bastante complexo e o seu enfrentamento implica num grande desafio, na medida em que deve envolver a pessoa, sua família, o ambiente de trabalho e a comunidade. É sabido que há uma predominância do uso de bebidas alcoólicas entre os servidores, sobre os demais tipos de drogas. Contudo, a partir de 1988, em razão da determinação constitucional de que o ingresso no setor público somente ocorrerá mediante concurso público, um grande contingente de jovens vem tendo acesso aos cargos públicos. É mais precisamente a estes servidores que estas reflexões se destinam.

Precisa-se ter em mente que prevenir “drogas”, significa antes de tudo, repensar as relações com o desenvolvimento intelectual e afetivo das pessoas para fazerem opções próprias e conscientes, com vistas a superarem, sem grandes danos, as contestações e inseguranças,

O desafio é propiciar condições para que as pessoas digam conscientemente não às drogas, por suas próprias razões, e não por razões emprestadas dos outros.

É preciso também, que a comunidade, além do ambiente de trabalho, estejam envolvidos na prevenção contra o uso de drogas.

Não se pode limitar a esclarecer os efeitos das drogas. Mais do que isso, é preciso ajudar a tomar decisões, a enfrentar alternativas, a reconhecer os valores humanos fundamentais, a sentir segurança suficiente para resistir a pressão do ambiente e a ter suficiente discernimento e senso crítico para não se deixar enfeitiçar pela magia estonteante da mídia. É imprescindível para o sucesso de um programa de prevenção do uso de drogas a participação de toda organização, desde a mais alta chefia ao mais humilde servidor na escala hierárquica.

Hoje, os países do 1o mundo e os outros estão investindo na prevenção como solução para evitar problemas a proliferação do uso das drogas.

E quando se diz prevenção há que se englobar nessa profilaxia não só as doenças físicas e psicológicas, como também uma barreira para as drogas.

No mundo atual pode-se dizer que as drogas tomaram conta do nosso universo de uma maneira perigosa, não só para aqueles que a ingerem, mas também para toda a população que assiste perplexa e amedrontada ao caos impressionante de dor, desespero e violência que esse vício proporciona.

Nessa categoria de drogas não se inclui, apenas aquelas que por si só são consideradas como tais, mas drogas são também muitas vezes remédios de uso terapêutico que hoje, ou por sua quantidade, ou pela mistura com outras substâncias os consumidores conseguem fazê-la perigosa.

Essa prevenção deverá ser iniciada em casa e complementada no ambiente de trabalho, numa grande integração entre estes segmentos.

Tudo isso pode ser trabalhado num programa de prevenção onde se inclua a utilização de dinâmicas, teatros, dramatizações, palestras, conversas informais seguidas de debate, textos e etc.

DEFINIÇÕES PARA FINS NÃO-MÉDICOS SOBRE O USO DE DROGAS

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de drogas deve ser classificado em:

· uso na vida: quando a pessoa fez uso de qualquer droga pelo menos uma vez na vida;

· uso no ano: quando a pessoa utilizou drogas pelo menos uma vez nos doze meses que antecederam à consulta;

· uso no mês ou recente: quando a pessoa utilizou drogas pelo menos uma vez nos 30 dias que antecederam à consulta;

· uso freqüente: quando a pessoa utilizou drogas seis ou mais vezes nos 30 dias que antecederam à consulta.

A OMS recomenda, ainda, a seguinte classificação para as pessoas que utilizam substâncias psicoativas:

· não-usuário: nunca utilizou drogas;

· usuário leve: utilizou drogas, mas no último mês o consumo não foi diário ou semanal;

· usuário moderado: utilizou drogas semanalmente, mas não diariamente, no último mês;

· usuário pesado: utilizou drogas diariamente, no último mês.

Quanto ao uso de drogas, a OMS define os seguintes tipos:

· uso de risco: padrão de uso ocasional, repetido ou persistente, que implica em alto risco de dano futuro à saúde física ou mental do usuário, mas que ainda não resultou em significantes efeitos mórbidos orgânicos ou psicológicos. Por exemplo, fumar 20 cigarros por dia pode não se fazer acompanhar de nenhum prejuízo presente e real, mas sabe-se que é danoso para o futuro;

· uso prejudicial: padrão de uso que já cause dano à saúde, físico e ou mental.

Como se pode observar, a OMS não classifica o usuário dependente como adicto, nem, menos ainda, como “viciado”. De fato, considera-se que o abuso de drogas não pode ser definido apenas em função da quantidade e freqüência de uso. Assim, uma pessoa só deve ser considerada dependente se o seu nível de consumo incorrer em pelo menos três dos seguintes sintomas ou sinais, ao longo dos últimos doze meses antecedentes ao diagnóstico:

– forte desejo ou compulsão de consumir drogas;

– consciência subjetiva de dificuldades na capacidade de controlar a ingestão de drogas, em termos de início, término ou nível de consumo;

– uso de substâncias psicoativas para atenuar sintomas de abstinência, com plena consciência da efetividade de tal estratégia;

– estado fisiológico de abstinência;

– evidência de tolerância, necessitando doses crescentes da substância requerida para alcançar os efeitos originalmente produzidos;

– estreitamento do repertório pessoal de consumo, quando o indivíduo passa, por exemplo, a consumir drogas em ambientes não propícios, a qualquer hora, sem nenhum motivo especial, etc.;

– negligência progressiva de prazeres e interesses outros em favor do uso de drogas;

– persistência no uso de drogas, a despeito de apresentar clara evidência de manifestações danosas;

– evidência de que o retorno ao uso da substância, após um período de abstinência, leva a uma reinstalação rápida do quadro anterior.

Com pertinência a importantes fatores de risco, a OMS considera como mais propensa ao uso de drogas a pessoa:

– sem adequadas informações sobre os efeitos das drogas;

– com uma saúde deficiente;

– insatisfeita com sua qualidade de vida;

– com personalidade deficientemente integrada;

– com fácil acesso às drogas;

Em contrapartida, a pessoa com menor possibilidade de utilizar drogas seria aquela:

– bem informada;

– com boa saúde;

– com qualidade de vida satisfatória;

– bem integrada na família e sociedade;

– com difícil acesso às drogas.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AITER, M. A. B. Drogas: drogas e conseqüências. 3a ed., São Paulo, Editora Jeonissi,

1994.

BUCHER, Richard:Prevenção do uso de drogas/ [pela ] equipe do Cordato-coordenador do

Cordato. CEAD vol. 1, Editora UnB.1989

.KALINA, E. Drogas: terapia familiar e outros temas. Rio de Janeiro, Editora Francisco Alves, 1991.

MURAD, J. E. Drogas: o que é preciso saber. 3a ed. Belo Horizonte: Editora Lê. 1990.

MURAD, J. E. O que você deve saber sobre os psicotrópicos: a viagem sem bilhete de volta. 2a ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois, 1972.

SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE, Normas e procedimentos na abordagem do uso de drogas. Brasília, 1991

OLIENENSTEIN, C. A droga: drogas e toxicômanos. 2a ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.

RIBEIRO, Mônica Moreira Diniz. Prevenção às drogas. Monografia. Disciplina Pesquisa Metodológica. Curso de Orientação Educacional. CEUB, Brasília. 1997

SILVESTRE, R. M. A dependência química hoje. Brasília: s/ ed. 1992.

VIZZOLTO, S. M e Seganfredo C. A. Uma onda perigosa: fumo - álcool - drogas. 3a ed. Petrópolis: Editora Vozes. 1991.













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